sexta-feira, 22 de abril de 2011


Sobre Evas e Liliths... 

 

Há sempre uma mulher para salvar você de outra e assim que ela o salva está pronta para destruí-lo. (BUKOWSKI em Ruiva de cima a baixo).
O velho sensual não é só isso. Parece, embaixo das rugas, caspas e suor alcoolizado, saber de alguma coisa, principalmente que as mulheres, quase todas, eu digo, têm esse poder: de salvar e destruir em questões de segundos, sem sequer avisar previamente, gritando ou atravessando silenciosa e friamente um grampo no nariz (Alguém vai entender isso!).
Mas, exorcizando a ideia de que tudo o que elas fazem se dá em virtude do sexo oposto, é bom que se saiba que elas salvam e destroem com destreza o que quer que seja, até elas mesmas, numa atitude kamikaze provocada, ou descuidada, feito lolitas doidas para usar cintas-liga vermelhas ou cor-de-rosa, pulseiras, berloques, acessórios de renda e outras quinquilharias, às quais muitas se dão cada vez mais cedo hoje em dia. Um instinto moldado em fatos sociais, mas prenhe de peçonha, cheio do reflexo de uma Eva tolida e de uma Lilith expulsa do Éden e afeita à acolhida de demônios.

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